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sábado, 17 de julho de 2010

COMO NASCEU O FESTIM

FESTIM?

Abertura do FESTIM
Na fotografia: João Batista (Séc.  de Educação), Odiléia Mércia  (Prefeita), Dias Marques  (Representante da FETERN) e Juscio Marcelino  (idealizador e coordenador do FESTIM).

1985

A IDEIA NASCEU QUANDO O GRUPO DE TEATRO LIBERDADE (antigo GRUTEJAM
e atual BOITATÁ), QUE ERA FORMADO POR: GAYDES, HEMMY FRANCIS (Francisca Neta), MARIA GALVÃO, CLEIDE GALVÃO E JUSCIO MONTARAM SOB ENCOMENDA DA PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAÍBA, UM ESPETÁCULO ATRAVÉS DO ROTEIRO (Mãe, olha eu aqui!) QUE TINHA ENTRE QUINZE E VINTE MINUTOS DE DURAÇÃO, QUE FOI APRESENTADO EM DESENOVE ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DURANTE AS COMEMORAÇÕES DO DIA DAS MÃES. EM DOIS DIAS A PREFEITA ODILÉIA MÉRCIA E A SUA EQUIPE ( Jane Eyre, Lúcia Araújo, Marilene, Maria Florentino, Tota, Zilma Costa, Faneide e Tereza Gomes) VISITARAM AS ESCOLAS DURANTE ESSA COMEMORAÇÃO E ANTES DA CARAVANA CHEGAR, O LIBERDADE REALIZAVA A APRESENTAÇÃO. NO FINAL DO SEGUNDO DIA, NA VOLTA PARA CASA, TODOS NO MESMO TRANSPORTE, EQUIPE E ARTISTAS, EU FAÇO A OBSERVAÇÃO QUE EM QUASE TODAS AS ESCOLAS EXISTIA APRESENTAÇÕES TEATRAIS E QUE MUITAS DESSAS APRESENTAÇÕES  ERAM DE BOA QUALIDADE E QUE PODERÍAMOS INTERCAMBIAR ESSES TRABALHOS OU REUNI TODAS AS ESCOLAS EM UM FESTIVAL DE TEATRO MUNICIPAL. A PREFEITA QUE ERA UMA ADMINISTRADORA VISIONÁRIA CONCORDOU COM A IDEIA. ALI MESMO ELA MARCOU A PRIMEIRA REUNIÃO NO PRÉDIO DA SMEC (atual APAE).  
    NO DIA 8 DE JULHO DE 1985 ACONTECEU A PRIMEIRA REUNIÃO COM A PRESENÇA DAS SEGUINTES PESSOAS: JANE EYRE, LÚCIA ARAÚJO, MARIA FLORENTINO, MARILENE, ZILMA TEIXEIRA, MARLI FONSECA, ANTÔNIA CECÍLIA, ADÃO REVOREDO, GUEDES, NETA PEIXOTO, SALETE MARINHO, IVANDA DE CASTRO, FANEIDE RIBEIRO, ROSIMARY FONSECA, LÚCIA FERREIRA, FRANCISCA DE CASTRO E VALDOMIRO. IDENTIFICAMOS AS ESCOLAS QUE JÁ EXISTIA TEATRO NAS DATAS COMEMORATIVAS E QUAIS AQUELAS QUE NÃO DESENVOLVIAM, MAS PODERIAM PARTICIPAR. O NOSSO OLHAR ESTAVA PARA QUALIDADE DO EVENTO E ASSIM RELACIONAMOS DOZE ESCOLAS. O FESTIVAL  SERIA COMPOSTO POR  ESPETÁCULOS AS TARDES E NOITES. PELA MANHàACONTECERIA A OFICINA DE INICIAÇÃO TEATRAL PARA OS EDUCADORES E TÉCNICOS DA PREFEITURA ENVOLVIDOS NO FESTIVAL. DE 06 Á 12 DE OUTUBRO ACONTECERIA A PRIMEIRA EXPERIÊNCIA TEATRAL DE VERDADE EM NOSSA CIDADE E SERIA UMA GRANDE FESTA, ONDE CRIANÇAS DAS ESCOLAS SUBIRIAM NO PALCO DO CINE COMETA E BRINCARIAM DE FAZER TEATRO PARA OUTRAS CRIANÇAS ASSISTIREM. FICOU DECIDIDO QUE SERIAM SEIS GRUPOS DA ZONA RURAL E SEIS DA ZONA URBANA, ENVOLVENDO ESCOLAS PÚBLICAS DA CIDADE TANTO ESTADUAL COMO MUNICIPAL, E FICOU ASSIM DESTRIBUIDO: RURAL - DE PERI PERI A PROFESSORA SOCORRO QUEM ERA A RESPONSÁVEL PELO GRUPO DE TEATRO, DE TRAÍRAS FICOU FÁTIMA MARINHO, MARLEIDE DE CANABRAVA, EDITE DE ___________, RAIMUNDA DAS MARIAS, ZULIMA DE ____________. URBANA - ESC. ANTÔNIO ANDRADE FICOU ABILENE REVOREDO, PAULO NOBRE FICOU GRAÇA SILVA, ALFREDO MESQUITA FICOU ANHICA, Dr. SEVERIANO FICOU HERMANTINA, MARIA DE LOURDES PELO HENRIQUE CASTRICIANO, MARIA LETÍCIA PELO AUTA DE SOUZA. TODAS ESSA ESCOLAS TRABALHAVAM A LEITURA ATRAVÉS DOS TEXTOS DO PROJETO "CIRANDA DE LIVROS" DA FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO, ONDE FORAM ESCOLHIDOS OS TEXTOS MAIS LIDOS E DAÍ COMEÇAMOS A FANTÁSTICA VIAGEM DE DESCOBERTA PELO MUNDO TEATRAL. 



Os adultos  na fotografia: O ator João Marcelino, a prefeita Odiléia Mércia, o oficina iro Aurio Gabriel e o bailarino Dias Carlos e amigo.
Na fotografia: Juscio  e o grupo de teatro Sorrindo e Cantando. 
                                 

          - Pra mim foi um grande desafio e uma experiência fantástica. O que aprendi com Luiza Barreto leite muito me serviu como aplicativo naquela construção especial.
ATORES, ATRIZES, DIRIGENTES, CENÓGRAFOS, FIGURINISTAS, MARCENEIROS, ESCRITORES ADAPTANDO OS TEXTOS (todos autorizados), ARTISTAS ANÔNIMOS DA CIDADE SE REGISTRANDO NA HISTÓRIA ARTÍSTICA DE MACAÍBA. DEDICAMOS O FESTIVAL A FAMÍLIA LEIROS, PIONEIROS NA ARTE DO FAZER TEATRO EM NOSSA CIDADE. A FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO PATROCINA O FESTIVAL E A CIDADE RECEBE O ATOR E ESCRITOR MINEIRO ÁURIO GABRIEL. ASSIM NASCEU O FESTIVAL DE TEATRO INFANTIL DE MACAÍBA-FESTIM. PASSOU INÚMERAS EDIÇÕES E A IDÉIA PRIMEIRA JÁ NÃO ERA MAIS MINHA E SIM, DE UM DOMÍNIO MUITO MAIOR;DO POVO MACAIBENSE. A CIDADE CHEGAVA A PARAR EM FUNÇÃO DO FESTIVAL. FILAS ENORMES PARA COMPRA DE INGRESSOS, CORTEJOS NAS RUAS, INTERFERÊNCIAS EM PONTOS ESTRATÉGICOS, ESPETÁCULOS NAS PRAÇAS, GRUPOS DE OUTRAS CIDADES PARTICIPANDO, DE OUTROS ESTADOS E A NOSSA CIDADE NÃO TENDO ESTRUTURA (teatro, hotel, restaurantes...) E  A FALTA DE INTERESSE POLÍTICO, MACAÍBA PERDE O QUE DE MAIS INTERESSANTE EXISTIA NA CIDADE, ASSIM COMO SE PERDEU O CARNAVAL, CICLO JUNINO, OS GRUPOS FOLCLÓRICOS, PARA FOLCLÓRICOS, A RIQUEZA ARQUITETÔNICA E TANTAS AÇÕES CULTURAL QUE FAZIAM PARTE DA HISTÓRIA DO NOSSO POVO.

AMÉM?

quarta-feira, 14 de julho de 2010

SILENCIO!

E o pintor produzia em êxtase, como se estivesse tomado por um espírito especial, gênio, um fabuloso pintor realista.
E todos os olhares atentos,impressionados, fitavam aquela cena única, de um momento ímpar e sabiam eles que só em uma ocasião tão especial como aquela é que eles poderiam testemunhar tamanha genialidade. Era de uma leveza as pinceladas, gratuitas, únicas, misteriosas e precisas. Aquelas serdas acariciavam o tecido de algodão grosso e tenso, esticado. E como um misto de maestro e arqueiro, aquela mão conduzia de uma leveza e precisão aquele pincel que tornava visivelmente fácil pintar. Era a mão que conduzia o gênio. Era o Etinho, para
os seus mais íntimos. Era Wellington para os macaibenses e WPOTIGUAR para o mundo. E ficamos nós, orgulhosos por existir um artista tão bom no que faz e muito reconhecido fora de nossa cidade e estado, mas me entristeço em saber que a nossa cidade não o reconhece como artista. Na real, acredito que nem sabem que ele existe em Macaíba
 
Essas flores são para você, Wellington Potiguar, como respeito e admiração. Você é o artista que representa muito bem a boa qualidade da arte macaibense. 

sábado, 10 de julho de 2010

NUNCA DIGA NUNCA






Entre os cadernos e lápis da minha bolsa escolar, aluno do quinto ano na Escola Estadual Prof. Paulo Nobre (Macaíba/RN) encontro um pedaço de papel mimeografado divulgando uma apresentação teatral. Era um espetáculo sacro, organizado por Isabel Cruz junto com o professor e padre Pedro. Vários dos alunos que estudavam comigo participavam do espetáculo e se reuniam as tardes na residência de dona Isabel, mais conhecida por madrinha Beleza, na rua Nossa Senhora da Conceição. Nunca tinha visto um teatro e não tinha nenhum pouco de interesse de ver. Só sabia que os meus colegas estariam vestidos com umas cáfitas que mais parecia roupa de mulher. Eu morava com a minha mãe meu irmão na casa da minha avó na rua vizinha, Dona Emília, e naquela tarde me prontifiquei de ir comprar o pão na padaria do senhor Zé Paulo só para passar lá na casa do ensaio e zoar com a cara dos meus colegas de sala de aula.

O meu olho corria por toda a rua da Conceição, dançando sob ordem da minha expectativa. Minha mão gelada de tanta ansiedade pedia calma para um cérebro que não respondia. O que irei encontrar lá?
Era uma casa enorme, de paredes grossas e residência de poucos privilegiados. Tudo aquilo me intimidou. Menino negro, magricela, cabeçudo e pobre. Observei distante por um bom tempo e percebi que os meus colegas estavam super envolvidos, saltitantes, brincaram de tica, pega pega e foi quanto Zé Antonio apareceu e chamou todos. Zé estudava comigo e morava naquela fantástica casa. Foi quando tomei coragem e parti para a realizacão do meu tão esperado plano.

Silenciosamente fui entrando naquela enorme casa de inúmeras portas. Vi a criançada em volta de uma velha em uma cadeira de rodas, que por sinal era a sábia madrinha Beleza, o padre que também era o meu professor de Ensino Religioso e o Zé Antonio que dava um de auxiliar de direção.
-É esse o que faltava, padre?
Aquela mulher chegando por trás, sem eu esperar, me segurando pelo braço e me expondo para toda a sala. A sensação era de um feroz monstro me atacando de surpresa e eu sem ter como me defender. Era a governanta da casa e mãe de criação de Zé Antonio. O que fazer numa situação dessa? Meu professor e os meus colegas de turma estavam olhando pra mim como se questionando o que eu estava fazendo ali.

-Afinal de contas, ele é da turma de vocês ou não?

-É sim, Maria. Zé Antonio, o Juscio irá fazer São Pedro.

Desse dia em diante eu nunca mais deixei o teatro. Madrinha Beleza, a quem muito devo, faleceu, o padre Pedro deixou a batina e eu continuo nessa maravilhosa cidade escrevendo para teatro. No espaço entre o ontem e o hoje muita coisa aconteceu. Juscio continuou com o trabalho de Isabel Cruz encenando para a igreja, criando o GRUTEJAM (Grupo de Teatro de Jovens Amadores de Macaíba) com sede nos fundos da igreja, criou o FESTIM Festival de Teatro Infantil de Macaíba), fundou a ASTMA (Associação de Teatro Amador de Macaíba), participou da FETERN (Federação de Teatro do Rio Grande do Norte) e da CONFENATA (Confederação Nacional de Teatro Amador). Hoje a idade já pesa um pouco e vejo que tudo que nós plantamos foi destruído, apagado pelo tempo, esquecido na memória dessa cidade e desconhecido para as novas gerações. A minha esperança é que um dia você leia esse artigo e que tenha o poder da transformação em suas mãos, mesmo que não seja artista, mas uma pessoa sensível ao que os nossos antepassados plantaram de bom nessa terra tão fértil.




SIM E NÃO

E como uma nuvem de estrelas revoadas por um cometa fora de orbita, os artistas de Macaíba, que é uma cidade potiguar, parte da grande Natal, desenvolvem os seus trabalhos como se o cometa os destribuissem pelo espaço Macaíba e a cada um desse um idioma direfente. A mercer do que, de quem, e do quando, caminha-se ao encontro de um espaço indefinido, um espaço não projetado, ou até mesmo desejado. Uma energia disperdissada, sem canalização.

 
- Conteporâneo?




Errou quem disse SIM. Individualizada. Essa longa palavra representa bem o quanto a herança é pulsante. Vários artistas produziram, exportaram o seu trabalho, a sua arte, mas quase não se fala, se tem registro, se enfoca um trabalho em conjunto, organizado.




- Existiu e existem bons artistas em Macaíba?




Errou quem disse NÃO. Mas, lembram do cometa? Que malvado. Políticas públicas, espaços, pontos de cultura, mas a consciencia do ser artista está distante do existir. Paralelos, quase gêmeos, mas sós. tentativas, sim. Resultados?





Acertou quem disse SIM e NÃO.



Juscio Marcelino


quinta-feira, 8 de julho de 2010






ASSIM...










Que máscara é essa?









Segundo semestre de 2010 se inicia uma nova etapa na história dos artistas de Macaíba. Assim como todas as etapas que foram sendo desejadas, elaboradas, planejadas, construídas por movimentos que contribuíram em sua época, ao logo de nossa trajetória, por aqueles que frequentaram a casa do biscoito, o centro lírico Auta de Souza, o clube da poesia, a ASTMA (associação de teatro macaibense) e os não denominados aqui, estão onde estiverem esperançosos assim como eu, acreditando que essa nova etapa será aquela que poderá acordar a nossa cidade que carrega um título que muito se adequa a pousada dos Revoredos; Macaíba é uma cidade dormitório. Mentalizar positivamente, trazer bons fluidos para essa primeira reunião histórica onde representantes dos seguimentos artísticos de nossa cidade sentaram para formar a primeira associação de artistas de nossa Macaíba. A quem vou conversando e convencendo de participar da tão esperada reunião diz:



-Já deveria ter acontecido a muito tempo.



Reorganizar?



não, meu caro leitor, iremos organizar de verdade. Seguimentos da arte macaibense já tentou se organizar, mas o individualismo, digo até mesmo o egoísmo impedia que algo de bom acontecesse nessa cidade, que é berço de gente criativa, de artistas talentosos. Muitos dos meus amigos artistas relacionam inúmeros políticos de nossa cidade que só atrapalharam, que impediram o nosso fortalecimento, a nossa existência, mas digo com toda convicção e clareza que os únicos culpados somos nós artistas. Primeiro são aqueles que utilizam a vertente da arte por conveniência, mas não se percebem e nem admitem o título e terminam atrapalhando e subtraindo espaços que em mãos dos verdadeiros artistas seria bem diferente, e tem os artistas que vivem esperando ajuda do céu, dos governantes ou de quem quer que seja, desde que sejam ajudados e descompromissados com a arte vivem a reclamar, Deus sabe de que. E para concluir, existe os que se acham estrelas, de uma quinta grandeza faiscante e que empinam o nariz e vivem isolados em seus mundos.



-Isso é em Macaíba?



Em qualquer lugar tem dessas coisas, em qualquer cidade de nosso país, mas essa reunião que acontecerá nesse primeiro sábado de julho trará uma nova luz para os artistas dessa cidade, uma nova esperança, uma certeza de organização e busca de melhorias para o coletivo.



Se Deus quiser!



Amém!!


BEM VINDOS!




SEJAM BEM VINDOS! ESPERO QUE EU POSSA CONTRIBUIR DE ALGUMA FORMA. ACREDITO NO QUE DIGO E ESPERO QUE VOCE SEJA UM QUESTIONADOR. É ASSIM QUE SE ESCREVE UMA VERDADEIRA HISTÓRIA.
MACAÍBA E AS ESTRELAS



Pé de estrelas






-Impressionantemente a nossa cidade ainda (se permite) viver em um estágio de demência.






-Não sei...






-Nunca ouvi falar...






-É de Macaíba?






-Existe aqui?






E assim a nossa historia é repassada para os nossos descendentes.






-Que história?






Pesso desculpas aos que se questionam no momento pela nossa história, pelos nossos registros e o que de importante aconteceu e acontece em nossa cidade.






-Existe documentários, livros direcionados a escola, se sabe sobre os seus?






Os livros sào direcionados aos interesses de quem os escrevem e termina floreando os seus. Os jornais da cidade segue a mesma receita e terminam documentando passagem dos seus, dos interessados.






Inicio esse momento com essas interrogacões, com esses questionamentos para registrar a minha idgnacão com tudo o que acontece de BOM com os nossos na diversificadas capacidades, contribuicões fabulosas, merecidas de registros e reconhecimentos e nada disso acontece. Hoje falo de Rossini Quintas Perez, um macaíbense, artista plástico e que hoje reside no Rio de Janeiro. Ele nasceu em Macaíba em 1932 e aos oito anos de idade deixa a nossa cidade com a família rumo ao Rio de Janeiro. O acadêmico conhece a obra de Portinari e se apaixona e em seguida os desenhos de Edvard Munch e se entregou de corpo e alma a técnica utilizada pelo Munch e assim, o Rossini se torna um dos precursores da gravura abstrata, marco da arte comteporânea brasileira, e também foi um testemunho vivo das transformacões intervencões que sofreu a paisagem carioca, registrando o que podia através da sua visão seletiva. A importância de Rossini para a história da arte brasileira é de um peso como todos aqueles que forjsram no tempo a história através da arte.






-Num sei disso,não...






-Nunca ouvir falar..






-O que?






Quem sabe, um dia, Anderson Tavares ou um outro historiador reuna tudo o que de importante tenha acontecido, até mesmo os fatos conteporâneos nessa cidade linda de viver.

terça-feira, 6 de julho de 2010

MARIA CABRAL

COMO UMA BORBOLETA NEGRA, AQUELA MULHER EXUBERANTE, VESTIDA DE NEGRO; VESTIDO FARTO, ESTILO ANOS 50, AS VEZES SOMBRINHA, BOLSA E MEIAS COMPONDO COM UM SAPATO DE SALTO ALTO QUE AJUDAVA NO VISUAL ELEGANTE DAQUELA ENIGMÁTICA MULHER. DESCENDO DO ALTO DO RUA BARRO VERMELHO, ENTRE AS ÁRVORES DA ALAMEDA DAQUELA RUA, MAJESTOSAMENTE APARECIA MARIA CABRAL FAZENDO A FESTA DA GAROTADA DA RUA E DE ALGUNS DESOCUPADOS. O SEU DISTÚRBIO MENTAL A PERMITIA DE SER INDIFERENTE.
 QUEM ERA AQUELA MULHER DE SOBRENOME FORTE E QUE INQUIETAVA TODA A CIDADE? EXISTIA UNS PEQUENOS ESPAÇOS CONSTRUÍDOS NA FRENTE DO MERCADO PÚBLICO, CONHECIDOS POR "BOINHOS", LOCAL QUE VENDIAM DE UM TUDO. DO REFRESCO DE MARACUJÁ, Á CARNE E A REDE DE DEITAR, E TAMBÉM SERVIA PARA REUNIR SENHORES DE NOSSA CIDADE PARA O CAFÉ OU PARA TOMAR A BRANQUINHA ANTES DA SOPA DA NOITE, MAS NA VERDADE, AQUELES SENHORES SE REUNIAM NAQUELES MINES COMÉRCIOS PARA SE DIVERTIREM AS CUSTAS DA DEFICIÊNCIA MENTAL DA DAQUELA BELA MULHER DE MEIA IDADE, QUE SE DIGA DE PASSAGEM. TODAS AS TARDES, MARIA DESCIA A RUA BARRO VERMELHO, CRUZAVA O CENTRO DA CIDADE E SE DIRIGIA PARA A MATRIZ NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO. MACAÍBA NESSE PERÍODO NÃO EXISTIA A INTERFERÊNCIA TECNOLÓGICA, ONDE ERA MUITO RARO UMA TV OU UM TELEFONE. AINDA ERA TEMPO ONDE O CINEMA E O CLUBE DA CIDADE ERAM SINÓNIMOS DE FESTA.
QUEM ERA AQUELA MISTERIOSA MULHER QUE FAZIA DESCASO TODAS AS TARDES DA POPULAÇÃO MACAIBENSE QUE TENTAVA TIRÁ-LA DO SÉRIO. MAS DESCONHECENDO DE TODAS AS CHARCOTAS QUE ACONTECIAM EM SUA VOLTA, ELA CAMINHAVA ELEGANTEMENTE, MESMO COM AS ROUPAS, AS VEZES, SURRADAS, REMENDADAS, DESGASTADAS PELO TEMPO, CAMINHAVA SEM APRESSAR O PASSO COMO SE ESTIVESSE NA CORTE IMPERIAL. O TEMPO QUE AQUELA CABEÇA VIVIA COM CERTEZA NÃO ERA O NOSSO. SÓ O QUE LIGAVA ELA A O SÉCULO EM QUE VIVIA ERA A SUA FÉ. TODAS AS TARDES ELA CAMINHAVA PARA EM DIREÇÃO A IGREJA MATRIZ PARA CONVERSAR COM NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

AUTA DE SOUZA

-Quem é?
Perguntou uma menina que, encostada na porta da direção da Escola Estadual Auta de Souza esperava ser atendida pela coordenadora do seu turno.
-Porque você veio sem a blusa da farda, Sabrina?
-Quem é esse garoto da foto, professora?
-Não desconverse, menina! Me responda!
E a Sabrina com o olhar fixo, como se nunca tivesse visto aquela fotografia em lugar nenhum respondeu sabiamente;
-Ligue pra mãe que ela lhe responde.
-E isso é resposta, menina!
-E quem é mais educada das duas? Eu perguntei primeiro quem era essa pessoa da foto e o que foi que a senhora me respondeu? Nada. Não me deu a menor atenção e foi logo perguntando sobre a minha farda. 
-Você está certa. Me desculpe Sabrina. Essa é a foto de Auta de Souza.
- E é uma mulher? Juro professora que as vezes que vim aqui, eu sempre pensei que era um menino que tinha estudado aqui. Nunca liguei o nome da Escola com essa foto. Pensava que dona Auta de Souza fosse uma dessas que estão nessa parede.
-Sem a farda não fica na Escola. Pra casa Sabrina.
Existe uma galeria de fotografias das ex diretoras da Escola na sala da direção. Sabemos os nomes das ruas, praças, escolas, cidades mas na maioria das vezes desconhecemos totalmente a sua história, a sua importância, o do porque aquela pessoa mereceu ter o nome em destaque. Essa necessidade de informação, de esclarecimento do cuidado com a história, com a nossa e com as que nos circunda parte do princípio educacional. Das escolas trabalharem esse leitura de fato, através de pesquisa, do registro e das publicações. Vinha desenvolvendo um trabalho nessa linha na Escola Estadual prof. Paulo Nobre (Macaíba) o educador Pedro Justino, onde os seus alunos estavam mapeando a nossa cidade através dos nomes das ruas, descobrindo o porque daquela pessoa  ser nome de rua. O que realente ela fez de contribuição para o município homenageá-lo.

Prof. Pedro Justino durante uma palestra na Escola Estadual Auta de Souza
HAILTON MANGABEIRA
Nasceu lá, em Mangabeira, comunidade de Macaíba que tem uma importante participação no desenvolvimento econômico desse município. Mangabeira, terra das mangabas onde em época de florada existia algumas famílias que comemoravam a safra produzindo seus quitutes e licores. Assim como era a jaboticaba para o centrão, era as mangabeiras para aquela comunidade.
-Ainda existe mangabeiras em Mangabeira?
Sei lá! Acredito que sim. Só sei que na encosta da rodovia que corta a comunidade você encontra um grande sortimento de frutas, cores e sabores.
-E o Hailton entra aonde nessa prosa?
Pela porta da frente! Filho da professora Zefinha, e de uma parenteada de tradição na comunidade, o cabeçudo Hailton cresce estudando, entre seus tantos irmãos, se formando e casando e sem arredar o pé de Mangabeira. Hoje é letrado, quase um doutor, mas não perdeu o traquejo rude do homem do nordeste e a felicidade de quem vive de bem com a vida. É professor por uns trezentos cantos, tá se preparando para seu mestrado e de gaiato escreve CORDEL. Poderia ter como nome artístico HAILTON DO CORDEL, mas o cabra morre de amor por aquela terrinha que aceitou de bom agrado o título de Mangabeira que um amigo seu o denominou. Hailton Alves Ferreira é Macaibense, tem um trabalho muito bonito com cordel nas escolas e quem quiser entrar em contato com esse cabra para adquirir o seu cordel através de folhetos ou de apresentações, anote aí o seu email: hailtonmangabeirahotmail.com.